Maio, mês que traz à
lembrança o compromisso de classe, o compromisso que temos enquanto classe
trabalhadora de não aceitar a condição de exploração.
Neste mês celebramos no
marco do dia 15 o dia do Assistente Social. Mais um ano de luta em defesa do
nosso projeto ético e político do serviço social, no qual a profissão se coloca
em defesa das classes subalternas, se reconhecendo também enquanto classe. Mais
um ano no qual, com os pés na realidade e a cabeça na utopia permanecemos na
luta por uma “Sociedade Emancipada!”, luta esta que passa pela defesa de uma
formação profissional que dê conta de proporcionar ao estudante capacidade de
compreender a sociedade atual, criticá-la e propor a sua superação.
Mais um ano de luta por
uma Formação Profissional e política adequada ao propósito de que a defesa
intransigente dos direitos humanos e do Projeto Ético-Político Profissional
supere o plano do discurso reprodutivo e passe a fazer parte das reflexões e
proposições que nortearão não só a prática profissional e a militâncias, mas a
vida cotidiana, defesa de princípios e não de pressupostos. Defesa de Direitos
que passam pelos mais variados seguimentos de classe, que ao contrário do que
querem nos fazer crer os opressores, o reconhecimento da existência dos seguimentos
da nossa classe em medida alguma nos fragmentam, apenas nos fazem mais
conscientes das condições peculiares dos grupos no interior da classe
trabalhadora.
O desafio fundante da
formação profissional que defendemos é o da permissão da leitura do mundo para
além da aparência. Esse mês de debates tão pertinentes e de compromissos tão
conscientes, nos evoca a pensarmos que além de sermos todos classe
trabalhadora, somos todos negr@s, somos tod@s mulheres, somos tod@s
homossexuais e hasteando a bandeira de proteção integral somos tod@s crianças e
adolescentes.
Reconhecidas essas
verdades o comprometimento coletivo é uma obrigação de todos nós, apoio
consciente ao Projeto da nossa profissão e o encampamento dessas lutas
coletivas que construirão uma nova sociedade é imprescindível.
Neste mês recheado de dias de luta (1° de maio dia do
trabalhador, 13 de maio dia da mobilização nacional da consciência negra, 15 de
maio dia do Assistente Social e 18 de maio luta contra o abuso e exploração
sexual contra crianças e adolescentes) a ENESSO vem fazer um chamamento, um
clamor ousado mas necessário, o nos unirmos enquanto CLASSE na luta contra um
inimigo em comum, O CAPITAL. Que nos oprime, que nos violenta, que nos reduz a
condições degradantes e indignas. Reconhecido o inimigo, reafirmemos antigas
posições, medimos estratégias e rumemos para o alvo que é a construção de uma
nova ordem societária, na qual oprimidos e opressores sejam libertos.
Por
fim, queremos parabenizar a tod@s nós que construímos essa história de luta que
tem marcado as últimas décadas da profissão, pelo nosso dia, mas, sem perder de
vista que as muitas lutas que ainda teremos que travar e que falta muito do
caminho que ainda estamos por construir.
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